quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Pequenos contos reais... (7)


Manchester, 2011.

Meu head-chef precisava de pêssegos urgentemente, então pediu ao kitchen-porter para pegar uns peaches na geladeira. O kitchen-porter indiano, intrigado com a palavra, perguntou

- Peaches??

- É, uma fruta desse tamanho assim, que parece uma bunda!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Comunicação de Massa ao Sugo V

Em mais um episódio de Home-Made Gastronomias, nossa mestre cuca do dia, Bertha, nos leva à Big Apple e nos apresenta o clássico Sanduíche de Pastrami da lendária Carnegie Deli, próxima ao grandioso Carnegie Hall, em Manhattan, Nova York.

Quando esteve em Nova York, Bertha não poderia deixar de visitar este “must-do” !  Assista ao vídeo e veja como Bertha prepara o sanduíche. Apertem os cintos e bom apetite!


Sugestão: depois do sanduíche, experimente o strawberry cheesecake, outro clássico da delicatessen! Mas este já é um outro episódio...

domingo, 11 de setembro de 2011

Benditos Ovos

Day-off. Domingo de sol.

Depois de preparar meu hollandaise sauce, abro meu english muffin, coloco fatias de salmão escocês defumado e ovos poche, da fazenda local mesmo – com um quê de ciboulette.

Café com leite, Jazz e curtindo meus Ovos Benedict My Way. Aaaaahhh!... Bom dia!


quinta-feira, 28 de julho de 2011

Comunicacao de Massa ao Sugo IV

O bombástico Churros é a estrela da vez neste episódio de Home-made Gastronomias!

Fui de férias à Espanha em 2009, enquanto morava em Londres. Passei por uma Xurreria e me deliciei com churros do jeito que conhecemos aqui no Brasil: recheado com muito doce de leite!




De volta à Londres, Raul – pastry-chef, colega de trabalho e espanhol! – me ensinou a receita e a técnica desde quitute com gostinho de infância e tão gostoso!


Embora o Churros tenha raízes em Madrid, ele é popular em toda a Espanha, servido no café da manhã, geralmente mergulhado em chocolate caliente. E, embora Barcelona não seja considerada “Espanha” pelos catalãos, eles todos compartilham sua popularidade!


Apertem os cintos e bom apetite!

Para ver o vídeo siga o link http://www.youtube.com/watch?v=2PRdJiAhng8

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Pequenos contos reais envolvendo comidas ou comensalidade... (6)

São Paulo, 2011. Então perguntamos à minha sobrinha de quase 5 anos qual pizza ela gostaria de comer. Ela disse com convicção
– De muzzalegre!


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Bem Passada!

Há algumas semanas a Veja SP publicou a reportagem “POR DENTRO DA CABEÇA DOS CHEFS”, contando algumas verdades e mitos sobre o cenário gastronômico. Acredito em batalha e que, trabalhando com muita dedicação, possa-se alcançar o sucesso, mas há alguns fatos na reportagem que não condizem com o que vejo por aí...

Segundo a reportagem, o mercado gastronômico está em expansão e a procura de cursos especializados acompanha o mesmo ritmo de crescimento. Concordo. Acredito mesmo que as vagas para os cursos de Gastronomia tenham aumentado. A realidade, no entanto, é que as instituições de ensino viraram “indústrias” de profissionais, com altíssimo rendimento! Cursos de técnicas de cozinha com um embasamento teórico pobre, não poderiam nunca ter a denominação “superior”, mas sim “técnico”. É tudo muito rápido! Não há tempo o suficiente para digerir toda a técnica e assimilar fatores sociológicos e históricos da gastronomia; é um universo vasto, improvável de comprimir todos os fatores necessários à formação profissional em apenas dois anos! Então a ‘técnica’ é cozida lentamente, enquanto a ‘teoria’ é servida mal-passada.

Temos então uma mão-de-obra especializada (ao menos em termos técnicos), numa função que até pouco tempo atrás não era necessário nem ter o ensino médio completo. Pouco importa o diploma, os salários para quem começa continuam sendo baixos e não pagam nem o investimento do curso. A mão-de-obra se especializou sim, mas os salários não acompanham o mesmo ritmo. Quanto à “invasão brasileira” no mercado gastronômico – principalmente para a função de chef de cozinha, até então ocupada por franceses e italianos – é muito óbvia: com a especialização da mão-de-obra em âmbito nacional, sai mais em conta para os empregadores contratarem brasileiros ao invés de estrangeiros. Seja como for, o mercado gastronômico saturou, que nem gordura da fritadeira na banca de pastel... A prova disso é a relação entre mão-de-obra especializada e salários baixos.

Na reportagem eles até citam aspectos reais de se trabalhar numa cozinha: ambiente quente, trabalhar sob pressão constante, longas horas etc. Mas também dizem que para começar a carreira, um profissional de gastronomia ganha R$ 3.000,00 e as chances de evolução são bastante promissoras... Onde?? Como?? O lado B do mundo gastronômico é bem diferente disto. Apesar de citarem alguns fatores contra, ao peneirarmos a reportagem, nos resta um punhado com saldo positivo, principalmente quanto aos ganhos – ilusórios!! Assim como muitos dos meus colegas de trabalho e de faculdade, para começar a carreira, estagiei de graça e trabalhava que nem “gente grande”, enquanto eu era apenas aprendiz. Com o passar do tempo, os salários foram sempre baixos e estagnaram. Então ao longo dos anos, me sujeitei a salários medíocres em nome da experiência e da sobrevivência! Me baseio em fatos reais, com pessoas reais...

Há, sem dúvida, profissionais apaixonados pelo que fazem, que se destacam, se especializam e que ultrapassam a média, por dom, talento ou mesmo por “QI”. No entanto, quantos Alex Atalas vemos por aí? Tomam os melhores exemplos e os tratam como sendo média absoluta. Ao ler estas reportagens, que de tempos em tempos “enchem a bola” dos aspirantes a chef por um futuro próspero, incentivando jovens indecisos a seguirem uma profissão com glamour, como se fosse um investimento altamente rentável , me faz sentir – ao contrário do embasamento teórico de um curso de Gastronomia – passada! Bem passada!

Imagem da reportagem de Veja SP
de 20 abril 2011
Veja a reportagem seguindo o link
http://vejasp.abril.com.br/especiais/pesquisa-chefs-de-sao-paulo 

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pequenos contos reais envolvendo comidas ou comensalidade... (5)

Nova York, 2004. Ainda enquanto estagiava na pâtisserie à la francesa...

A pâtisserie possuía sua própria empresa de catering onde fazíamos eventos corporativos, residenciais e institucionais. Geralmente dispunhamos de uma cozinha com geladeira no local do evento, ou um espaço em que pudéssemos armar as bancadas de trabalho.

Trabalhava diretamente com Agilson, brasileiro e chef do catering. O contato com os clientes e organização dos eventos, ficava por conta do maître – vamos chamá-lo de Jean – um francês gordo, meio metido a besta e com um péssimo gosto para se vestir...

Um dos maiores e mais importantes eventos que participei, foi na Dior.

Passamos a manhã inteira na cozinha do catering produzindo os finger-foods para servir; guardamos tudo devidamente embalado em compartimentos térmicos especiais para transporte. Tudo seguindo os melhores padrões de higiene e segurança.

Chegamos à Dior e ficamos à espera de instruções onde deveríamos nos instalar para iniciar o serviço. Estava empolgada! Participando de um evento na Dior de Nova York! Luxo e riqueza! Já estava imaginando que, ao final do evento – depois de realizado com sucesso – tiraria uma foto com Agilson em frente à Dior, que ficaria para a posteridade!

Só que... não havia o espaço para trabalhar!! Jean havia se empolgado tanto tratando de outras pompas, que simplesmente esquecera de verificar se haveria um local para trabalharmos! No fim, o único lugar que nos restou foi a escada de emergência!...

Agilson, já descrente da competência do organizador, estava possesso e com toda razão!
Mas o que que eu posso fazer?!?’, perguntava Jean a ele, como que querendo se isentar da responsabilidade.
Je ne sais pas! Je suis le cuisinier!!’ Agilson começou um bate-boca com Jean, em francês mesmo. Os ânimos por lá não melhoraram ao longo do dia e trabalhamos no maior climão…

O esperado glamour de trabalhar em um evento na Dior de Nova York, foi por água abaixo... Depois de todo o cuidado que tivemos na produção e armazenamento dos alimentos, fomos parar num nível de higiene e segurança que deixou à desejar. Trabalhando na escada de emergência do edifício, em uma situação que sugere o próprio nome da escada...

Um luxo só – Hmpf! E a foto em frente à Dior, já era...


 

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Pequenos contos reais envolvendo comidas ou comensalidade... (4)

Bahia, 2005. Algumas pessoas só precisam de um chega pra lá para saber seu lugar, quando não conseguem discernir a diferença entre ser amigo e ser colega de trabalho.

Foi algo assim... uma amiga estava trabalhando como garçonete em um restaurante. Vamos chamá-la de Juliana – para não revelar sua verdadeira identidade.

Durante o expediente em um dia como outro qualquer, um de seus colegas de trabalho pediu um favorzinho...

Juju, você leva este suco pra mim naquela mesa?

Ela, perplexa com o grau de intimidade que seu colega havia tomado, virou pra ele e, de queixo levantado, respondeu:

Meu nome é Juliana! Juli, se você for muito íntimo meu. Juju só se você estiver por cima de mim e eu com a perna aberta!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Pequenos contos reais envolvendo comidas ou comensalidade... (3)

Nova York, 2004. Estagiava numa pâtisserie à la francesa, toda uh-lalá.
Não havia filtro de água para os funcionários, então perguntei aos rapazes que trabalhavam comigo, como eu faria para matar minha sede. Sugeriram que eu pegasse água da torneira mesmo... só que a água da torneira saía branca e turva!
Havia uma máquina de gelo para servir as bebidas dos clientes, que era de água potável e achei que merecia o mesmo tratamento. Criei o hábito de encher um copo com gelo até a boca e, em 2 minutos no microondas, tinha água potável e gelada para beber!



sábado, 2 de abril de 2011

Devaneios Enquanto Tomo Café-da-Manhã

Hoje no café-da-manhã: pão de queijo mineiro! Mas se eu estou em São Paulo e os ingredientes são paulistas, o pão de queijo continua sendo mineiro? Quem fez era lá de Minas, uai! Pãozin de queij. Ou melhor, foi um pão de queijo feito a quatro mãos, duas mineiras, duas paulistas; seria politicamente correto chamar de pão de queijo do “café com leite”.

E o café com leite? O pó de café e o leite são paulistas, mas a cafeteira é italiana. A embalagem do leite tem origem sueca e a caneca é feita na China... mas isto não vêm ao caso. Melhor só curtir o café italiano com leite paulista e beliscar o pão de queijo mineiro caseiro feito à 2MG + 2SP = 4 mãos. Fresquin, fresquin! NHAM NHAM!

Hoje, no café-da-manhã.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Pequenos contos reais envolvendo comidas ou comensalidade... (2)

Londres, 2008. Estava a procura de trabalho e havia deixado meus dados em diversas agências de emprego. Meu contato em uma delas era Pasquale, um italiano espalhafatoso - que talvez seja até redundante falar... Ele havia marcado uma entrevista para mim para o cargo de pastry chef num hotel bacana, mas houve um imprevisto, então ele ligou

- Rrrrrrenaaata, hellow. It’s Pasquaaale. Rrrrenaaata, yourrr interrrvill time changeah from ten eiéma to one piéma. Good lucka, Rrrrenaata!*

(* Renata, hello. It’s Pasquale. Renata, your interview time changed from 10am to 1pm. Good luck, Renata!)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Comunicação de Massa ao Sugo III

Neste terceiro episódio de Home-made Gastronomias, permanecemos em território nacional e demos uma escapadinha até a Bahia. De lá vem o sem igual Purê de Banana rústico com um Filé de Namorado Assado para acompanhar. Tudo bem simples e gostoso!

Em 2006, durante um verão inteiro trabalhando em Trancoso, acabei me tornando cliente assídua do restaurante Portinha, um sobrado rústico com mesas ao ar livre, à sombra de uma árvore centenária no charmoso e descolado Quadrado. Com direito a uma igrejinha barroca de costas para um mirante deslumbrante! Quem já esteve lá sabe do que eu estou falando...

Ao contrário dos outros pratos apresentados nessa série, este não foi aprendido. O resultado de seu sabor é que concluiu a lista de ingredientes e o método de cocção.

O Portinha – que também é encontrado em Arraial d’Ajuda e Porto Seguro – é um restaurante de comida caseira por quilo. Ideal para repor – com sustância! – as energias gastas em uma manhã na praia ou um longo dia de trabalho.

Apertem os cintos e bom apetite!

Para ver o vídeo, siga o link
http://www.youtube.com/watch?v=2rbdK0rihYU  



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Pequenos contos reais envolvendo comidas ou comensalidade...

São Paulo, 2005. Trabalhava em um restaurante muito descolado, regido por uma badalada chef argentina.

Em um dia como outro qualquer, estava folheando um livro do Jamie Oliver e achei uma receita interessante. A receita dava as quantidades em medidas imperiais, tais como ounces, pints etc. Gostaria de saber as equivalências em medidas métricas e perguntei inocentemente à minha volta, quanto era uma “onça”.

Eis que um dos garçons, um figura gozador, com nome de ex-presidente americano, responde:

- Ué, você tá louca?! Uma onça são R$ 50!!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Comunicação de Massa ao Sugo II

Neste segundo episódio da série Home-made Gastronomias, vamos à França e provamos o delicioso Rôti Au Four avec Haricot Vert, feito por Natasha. Um filet mignon ao forno – com muita manteiga! - e vagens francesas salteadas. Segundo consta este é um prato bem popular, o arroz-feijão da França, que se come em todos os lares.

Na falta de alguns ingredientes originais pode-se fazer leves substituições, como vagens francesas por vagens “brasileiras” e manteiga por margarina, no entanto o resultado não será tão autêntico.

Apertem os cintos e bom apetite!

Para ver o vídeo, siga o link
http://www.youtube.com/watch?v=QRffQPkT4_k 






quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Comunicação de Massa ao Sugo

VÍDEO-PILOTO APRESENTA PRATOS DE VIAGENS, MESCLANDO GASTRONOMIA, COMUNICACAO, GEOGRAFIA, HISTORIA, BIOGRAFIA...

Quando o mundo da gastronomia e o mundo audio-visual se encontram podemos brindar e celebrar a integração de todos os sentidos por um só objetivo! A gastronomia utiliza o paladar por si só, mas também faz uso do tato e do olfato ao processar alimentos. As artes visuais encantam com a audição e visão. Tudo isso se integra de forma lúdica e, aliado à tecnologia nos dá um menu de opções para produzirmos a todo vapor!

Cozinhar não é tão simples como um click, mas divulgar o que cozinhamos, o que comemos e como fazemos pode ser tão gostoso quanto. Aproveitando a facilidade de publicar textos, fotos e vídeos online – nos sites de redes sociais, blogs e o próprio Youtube, um importante meio para divulgação – apresento um vídeo delicioso produzido de forma despretensiosa com o intuito de propagar conhecimentos do mundo gastronômico. Vídeo com gostinho de caseiro, que nem purê de batata empelotado da avó.

Neste encontro da gastronomia com a comunicação, há também o fator geográfico e histórico. Com o intuito de fazer uma série de vídeos, teremos convidados mostrando pratos de viagens que já fizeram de lugares diversos, sempre com alguma história para contar. Sejam histórias do mundo em geral ou em um contexto mais biográfico – uma história pessoal que se conecte ao prato/quitute apresentado.

Neste primeiro vídeo fomos ao Reino Unido e fizemos Scones, perfeito para saborear com geléia de morango e clotted cream no chá da tarde.

Apertem os cintos e bom apetite!

Para ver o vídeo, siga o link
http://www.youtube.com/watch?v=z5KjA5OKPmY